sábado, 1 de agosto de 2015

Os Desafios do Professor Alfabetizador

Este trabalho tem por objetivo discutir as questões que permeiam o cotidiano escolar do professor alfabetizador, com ênfase nos desafios enfrentados em sala de aula por esse profissional, pois muitas vezes o alfabetizador se depara com obstáculos que limitam seu trabalho e retardam o processo de ensino aprendizagem dos alunos. Realizou-se uma pesquisa bibliográfica considerando as contribuições teóricas de autores como:Cambi (1999), Ferreiro (1985), Lemle (1988),Nérici (1972), Piaget (1977), Poerch (1990).Constatando que alguns dos desafios enfrentados pelo alfabetizador são a pouca formação focada na alfabetização, a falta de participação dos pais na vida escolar dos filhos e a o alto índice de indisciplina presente na sala de aula. Mediante estes resultados concluiu-se que para superar os desafios propostos o educador deve agir em conjunto com a comunidade escolar e com os pais para rever ações e criar outras no intuito de oferecer uma educação qualitativa ao aluno.
Palavras – chave: Desafios. Professor alfabetizador. Sala de aula.

Introdução

O presente trabalho tem como papel analisar as dificuldades do professor alfabetizador em sala de aula, já que nos dias atuais a sociedade tem atribuído ao professor a grande responsabilidade sanar as carências intelectuais dos alunos e evitar que estas sejam futuros analfabetos funcionais. Nesta busca constante por novos métodos e práticas pedagógicas o professor tem visto a alfabetização como uma fase distinta, que requer mais conhecimentos específicos na área.
Nesta perspectiva, construiu-se questões que nortearam este trabalho, tais como:Quais os desafios que dificultam o fazer pedagógico do professor alfabetizador?Por que o professor alfabetizador se encontra tão tenso na atualidade em relação à sua práxis pedagógica?
Falar de alfabetização é um tanto complexo até mesmo pela diversidade de métodos utilizados, e ainda devido às dificuldades deaprendizagem dos alunos, reprovações e evasão escolar. Assim, a alfabetização caracteriza-se por uma fase muito importante no desenvolvimento do aluno, sendo a base para conhecimentos futuros. Segundo o dicionárioAurélio alfabetizar é ensinar a ler e a escrever oudar instrução primária, sabemos que alfabetizar vai muito além de ensinar a ler e escrever, nesta tarefa a linguagem é uma fiel aliada dos educadores neste processo de ensino/aprendizagem.
A linguagem é uma área importante na aquisição da leitura e escrita, pois ela permite que o homem estabeleça uma comunicação intersubjetiva, ou seja, estabeleça a troca e o diálogo. Assim ele amplia seu vocabulário e elabora novas hipóteses silábicas. Muitos estudos afirmam que o  sujeito se constitui em dois momentos, primeiro no social e depois no individual numa apropriação ativa e constante. Na escola esse processo ocorre de forma contínua, remetendo ao educador um papel importante como mediador do processo da aquisição da leitura e escrita, com intervenções pedagógicas coerentes, já que os conhecimentos resultam da pluralidade de sentidos e significações compartilhadas no coletivo, que aos poucos vão sendo produzidos. Conforme Lemle:
È claro que, além dos conhecimentos básicos, o alfabetizador precisa de outros dons para se sair bem. Ele deve ter respeito pelos alunos, evitar o papel de cúmplice de um sistema interessado em manter esmagada uma grande parte do seu povo, confiar na capacidade de desenvolvimento dos alunos e ter criatividade, inventividade, iniciativa, combatividade e fé em sua capacidade de tornar este mundo melhor.
(LEMLE, 1988, p.6)

Contudo grandes são os anseios do alfabetizador em favor de uma educação qualitativa e igualitária, que ofereça oportunidades para o educando avançar rumo à conhecimentos significativos, que inclua o aluno na cultura grafocêntrica (cultura centrada na escrita)e não exclua. Por esta e outras atribuições que o professor alfabetizador se encontra apreensivo diante de tamanha responsabilidade no cenário educacional.
Diante de tantos desafios, é visível a fuga dos professores das séries iniciais das salas de alfabetização, assim poucos encaram e adquirem experiências metodológico-pedagógicas para enriquecer o universo da alfabetização.
Para alcançar os objetivos propostos, este estudo utilizou-se como metodologia a pesquisa bibliográfica de caráter qualitativo. Mediante revisão bibliográfica, compilando estudos sobre obras que trazem em seu bojo informações e definições relevantes ao desdobramento do trabalho.
O estudo foi ancorado nas idéias e concepções de autores como: Cambi (1999), Ferreiro (1985), Lemle (1988), Nérici (1972), Piaget (1977), Poerch (1990).
Desenvolvimento

A alfabetização é uma fase distinta, cheia de novas experiências e sensações em que o aluno se depara ao chegar à escola, para aqueles que não freqüentavam a Educação Infantil, é o primeiro contato com a educação formalizada. Durante muito tempo a alfabetização foi vista como a mera aquisição do código escrito, que formava alunos para as fases seguintes.
Nos anos 70 e 80 o elevado índice de analfabetismo, a repetência e a evasão escolar estimularam a busca por novas formas de conceber e direcionar o trabalho educativo na alfabetização e os conceitos equivocados foram aos poucossuperados. Conforme Cambi (1999):
A partir dos anos 80 e sucessivamente até hoje, a pedagogia foi atravessada por um feixe de "novas emergências", novas exigências e novas fórmulas educativas, novos sujeitos dos processos formativos/educativos e novas orientações políticos culturais.
(CAMBI, 1999, p.638)
Esses novos tempos foram marcados por reflexões acerca do individuo como ponto de partida para a construção de novos conhecimentos. O quadro educacional passou por grandes mudanças devido ao novo modo construir conhecimentos, alinhados aos acontecimentos atuais com foco na particularidade do aluno. Portanto, na alfabetização a ação educativa do professor também sofreu esta influencia, com a utilização de temas atuais com ênfase na formação intelectual e social do aluno.
Essa mudança no cenário educacional se deu também devido aos estudos sobre a psicogênese da aquisição da língua escrita, com as contribuições de Emilia Ferreiro & Ana Teberosky (1985) que enfatizava que a alfabetização não era a mera codificação e decodificação do sistema lingüístico, mas se caracterizava como um processo ativo em que a criança em contato com a cultura escrita ia aos poucos (re) construindohipóteses sobre a língua escrita, até chegar à escrita convencional, como nos afirma Ferreiro (1985):
Nossa visão atual do processo é radicalmente diferente: no lugar de uma criança que espera passivamenteo reforço externo de uma resposta produzida pouco menos que ao acaso, aparece uma criança que procura ativamente compreender a natureza da linguagem que se fala à sua volta, e que, tratando de compreendê-la, formula hipóteses, busca regularidades, coloca à prova suas antecipações e cria sua própria gramática (que não é simples cópia deformada do modelo adulto, mas sim criação original).(FERREIRO, 1985, p. 22)

De acordo com esses estudos o professor terá a função de mediar este processo, e propor desafios por meio de atividades planejadas com intencionalidade pedagógica. Assim, aos poucoso educando faránovas descobertas e (re) construirá hipóteses. Por isso, o estímulo visual com o uso de diferentes gêneros textuais é imprescindível nessa etapa.
No contexto da alfabetização o professor é muito importante, porém em muitos casos esse profissional nem sempre está habilitado para executar tal tarefa, pois, visto quemuitos não obtiveram uma boa formação e nem sabem quais são as etapas do processo de construção da escrita. Como esse profissional irá conduzir esse processo, se nem compreende como ele se dá?
A implantação de ações que tragam um bom suporte teórico/pedagógico para esses profissionais são urgentes no meio educacional, pois muitos estão "grudados" nos livros didáticos por medo de ousar e errar.É preciso que ocorram novas mudanças no fazer educativo com ênfase nas práxis pedagógica, ação – reflexão – ação de sua prática educativa atrelada à teoria. Considerando que esses professores terão mais dificuldades para alfabetizar seus alunos e ainda poderá desencadear nesses alunos dificuldades de leitura e escrita ao longo de sua vida escolar.
O alfabetizador é um profissional do ensino de línguas e, como tal, além do domínio e das técnicas pedagógicas deve possuir sólidos conhecimentos lingüísticos tanto da língua, enquanto meio de comunicação, quanto sobre a língua, enquanto objeto de análise. (POERSCH, 1990, p. 37)
Na verdade o professor que está inserido em sala de aula tem o dever de oferecer uma educação de qualidade, e isso requer formação e competência para desenvolver um trabalho satisfatório. É visível também em alguns professores a falta de interesse por novos conhecimentos, pela busca pessoal de novas ferramentas pedagógicas em sala de aula para aperfeiçoar seu trabalho. Portanto o alfabetizador será o agente que estimulará as descobertas da língua escrita até chegar à escrita convencional.
Outro desafio bem pertinente é a falta de apoio e acompanhamento dos pais na vida escolar dos filhos, o professor se depara sozinho nesta missão de alfabetizar a qualquer custo. Um fator bem interessante é que os pais atribuem ao professor a culpa do fracasso escolar do filho, assim se estabelece no seio escolar a "briga"histórica entre Escola X família.
O abandono escolar de alguns pais é revoltante, pois esse cenário é visível com muita freqüência no meio escolar, pois muitos alunos vão e voltam com as tarefas em branco, chegam à sala de aula desmotivados, sendo que muitas vezes necessitam de estímulos exteriores para a construção de aprendizagens e não encontram. Essa é a realidade em muitas salas de aula, pais negligentes e omissos em reuniões escolares, datas comemorativas e outros eventos que favorecem a interação escola/família.
A legislação é bem clara e específica quanto às atribuições da família e do Estado, a Constituição Federal, em seu artigo 205, afirma que"a educação é direito de todos e dever do Estado e da família". A educação informal é obrigação da família e formal do Estado, por isso as duas instituições devem sempre estar em constante sintonia para priorizar uma boa educação. Sobre essa relação Nérici (1972) salienta que:
A educação deve orientar a formação do homem para ele poder ser o que é, da melhorforma possível, sem mistificações, sem deformações, em sentido de aceitação social. Assim, a ação educativa deve incidir sobre a realidade pessoal do educando, tendo emvista explicitar suas possibilidades, em função das autênticas necessidades das pessoas e da sociedade. (NÉRICI, 1972,p.12)

Nesta perspectiva entendemos que escola e família se complementam na tarefa da formação social da criança, se uma das duas se omite quanto à sua atribuição o processo de ensino/aprendizagem fica prejudicado. Nesta perspectiva Nérici (1972) considera que a influência da família é básica e fundamental no processo educativo do imaturo e nenhuma outra instituição está em condições de substituí-la. Embora muitas vezes o trabalho ou a falta de tempo são algumas justificativas para essa ausência, considera-se que essas "desculpas" futuramente não irão sanar as carências intelectuais, afetivas e sociais que poderão aflorar no aluno.
Outro desafio notável presente na sala do alfabetizador é a indisciplina dos alunos durante as atividades diárias propostas pelo professor, a falta de interesse e a falta de otimismo para conquistar uma vida futura próspera está cada vez mais distantes dos nossos alunos. Falta amor pela busca do conhecimento, pois para a grande maioria dos alunos a atividade estudar é fatigante e obrigatório.
Uma boa parcela da aula é reservada para advertir os alunos indisciplinados, que muitas vezes até lançam "palavrões" pejorativos contra o professor e os outros alunos. Nesta perspectiva nota-se que cada vez está mais difícil estabelecer regras para ordenamento e coerção desses alunos. De acordo com Piaget (1977, p.7) "toda moral é um sistema de regras e a essência de toda moralidade consiste norespeito que o indivíduo sente por tais regras".
Por isso mais uma vez o professor entra em ação na busca constante de meios que estabeleçam regras de convivência e de respeito ao próximo, priorizando a cidadania. Cabe ao educador usar ferramentas dinâmicas e eficazes para uma boa sintonia entre os aspectos intelectuais/sociais. Essa tarefa faz parte da interdisplinaridade vivenciada em sala de aula com os múltiplos usos dos eixos de formação humana propostos nos Parâmetros Curriculares Nacionais que considera o aluno em sua totalidade, e não fragmentado.
Estes são alguns desafios que tem afrontado o professor alfabetizador em seu fazer educativo, que causam angústias, dificuldades e sofreres. Que dia a dia o conduz à ação/reflexão/ação de sua prática pedagógica na busca de soluções para transformar esse cenário frustrante do contexto educacional.  Como medidas paliativas o educador "consciente" busca conhecimentos diversificados mediante cursos de formação continuada, leituras de temas diversificados para enriquecer e aperfeiçoar sua ação educativa.
Conclusão 
Diante deste estudo, concluiu-se que a tarefa do professor alfabetizadoré árdua, pelas grandes dificuldades enfrentadas no cotidiano escolar, afinal é o alfabetizador quem irá abrir as janelas da leitura e da escrita para educando avançar rumo às novas aprendizagens. Segundo algumas raízes teóricas é oeducador deve oferecer condições ao educando para a construção da leitura e da escrita no contexto escolar.
Deve-se se descartar a concepção errônea de que o aluno deve ser fruto de uma educação bancária, e incluir nas práticas educativas metas em prol deuma educação com sentido de construção não só de conhecimentos científicos, mas de significados, valores e cidadania no dia a dia escolar. Faz-se necessário repensar a educação com foco nas relações interpessoais, oferecendo ao aluno meios e possibilidades para a construção de uma aprendizagem significativa.
Mas para realizar um trabalho satisfatório é imprescindível a interação entre família-escola, esquecer a "rixa" antiga de um culpar o outro pelo fracasso escolar do educando. È tempo de paz, atitudes conjuntas que visem restaurar os laços de companheirismo e respeito mútuo no objetivo de expandir e contribuir para uma educação qualitativa.
Portanto, sonhar com uma educação que objetive uma transformação social, é romper com o velho e ousar com o novo, na utilização de meios diversificados que conduza o aluno à não somente ler letras, mas, essencialmente atribuir sentido e significado naquilo em que se lê. Compreender que o papel do alfabetizador não é transferir conteúdos, mais sim dividir e construir saberes e oferecer aos alunos com dificuldades de aprendizagem conhecimentos contextualizados e prazerosos.
Outro ponto bem pertinente neste estudo é falta da participação da família na vida escolar do aluno, assim faz-se necessário idealizar estratégias que despertem o interesse por relações de trocas de experiências no seio escolar entre família-escola-aluno. Uma boa sugestão para sanar essa deficiência seria o trabalho com projetos interdisciplinares com foco na família, convidando os pais para assistir palestras, participar de oficinas, contribuir com ações diversificadas para o sucesso escolar do filho.
O grande índice de indisciplina na escola atual é bem assustador, para reverter esse quadro faz-se necessário a implantação de ações que sensibilize o educando no respeito por normas e regras. O aluno através dessas medidas deverá aprender o verdadeiro sentido da cidadania e dos valores morais, que irão refletir na sua formação social e ética.
Neste estudo foram elencados alguns desafios do professor alfabetizador em sala de aula, para superá-los o educador deve agir em conjunto com a comunidade escolar e com os pais para rever ações e criar outras no intuito de oferecer uma educação qualitativa ao aluno.
Sabemos cotidianamente são atribuídos ao professor alfabetizador a  responsabilidade de alfabetizar e letrar o aluno, e lhe é exigido resultados por este trabalho. Porém o professor não desenvolverá um bom trabalho sozinho e desamparado, mas necessitará de apoio pedagógico e da família.
Portanto, nessa tarefa árdua lhe compete o papel de promover o uso social dos diversos textos apresentados aos alunos, mostrar significados nas atividades diárias com ênfase na contextualidade do educando. Na verdade os desafios são importantes para amadurecer em uma prática inovadora e transformadora, são eles que ofereceram ao professor subsídios para a construção do fazer escolar cotidiano.
O alfabetizador não deve permitir que os desafios o amedrontem, mas que estes lhe provoquem uma constante inquietude que estimulará a busca de meios para desenvolver uma prática significativa e fundamentada teoricamente. Lidar com a alfabetização requer competência e compromisso com um ensino que vise uma genuína transformação social dos pequenos cidadãos que interagimos no dia a dia escolar.
REFERÊNCIAS
AURELIO, O mini dicionário da língua portuguesa. 4a edição revista e ampliada do
mini dicionário Aurélio. 7a impressão – Rio de Janeiro, 2002.
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federal do Brasil: promulgada em 5 de outubro de 1988. Imprensa Oficial. Brasília, DF, 1988.
CAMBI, Franco. História da pedagogia. Tradução de Álvaro Lorencini. São Paulo. Fundação editora da UNESP (FEU), 1999 – (Encyclopaidéia)
FERREIRO, Emilia. Psicogênese da língua escrita. Emília Ferreiro e Ana Teberosky; tradução de Diana Myriam Lichtenstein, Liana Di Marco e Mário Corso. – Porto Alegre: Artes Médicas. 1985.
LEMLE, Miriam. Guia teórico do alfabetizador. 2ª Ed. São Paulo. Ática. 1988. Série Princípios.
NÉRICI, Imídeo G. Lar, escola e educação. São Paulo: Atlas, 1972.
PIAGET, J. O julgamento moral na criança. São Paulo: Mestre Jou, 1932/1977.
POERSCH, J. M.Suportes Lingüísticos para a alfabetização. 2 ed. Porto Alegre: Sagra, 1990.
[1] Professora do I Ciclo 1ª FASE da Escola Estadual Treze de Maio em Porto Esperidião-MT pós graduando do curso Alfabetização e letramento do Instituto UCAM/PROMINAS​

Autor:ELIDIANE DE BRITO PAGLIUCA

Professor – Profissão de desafios e problemas

O professor é aquela pessoa que pensa contribuir para tornar a sociedade melhor, através do seu trabalho de formar seres humanos que com suas habilidades e capacidades encontrarão seu lugar na sociedade.

Preocupa-se com o conteúdo e as estratégias que irá usar para transmitir os seus conhecimentos e tornar a aula agradável e interessante.

O salário não é o que o mantêm na carreira, na grande maioria dos casos. Sabemos que os professores são mal remunerados pelas horas trabalhadas. Na realidade, o seu trabalho tem início com a preparação das aulas, continua em sala de aula e prossegue após as aulas, com a correção de trabalhos, provas, cadernos e apostilas. Avalia se há necessidade de reestruturar suas aulas ou pode seguir adiante.

Essa é a parte mais fácil da profissão, o que é previsível e controlável. O professor dedica anos de sua vida estudando e formando-se para isso.


A parte mais difícil é a que tem trazido professores para a terapia: a convivência com os alunos, pais, coordenadores e diretores. O estresse advindo desses relacionamentos tem prejudicado o desempenho e a vida pessoal e profissional deles.

Há trinta e três anos, quando me formei como professora, esses problemas praticamente inexistiam. Isso porque as crianças vinham para escola com vontade de aprender e recebiam dos pais a instrução de respeitar o professor.

O professor representava a figura dos pais, na ausência dos mesmos. Os alunos respeitavam e obedeciam as ordens dadas. As aulas transcorriam bem e o professor podia transmitir seus conhecimentos e ver, com satisfação, o progresso dos alunos. Os alunos, por sua vez, aportavam suas ideias e conhecimentos para enriquecer as aulas. Havia uma troca de informações. Nas festas escolares os professores se esmeravam para ensaiar números novos onde cada aluno pudesse mostrar sua alegria ao participar. As famílias vinham para assistir e prestigiar, trazendo também, tios, avós, primos e vizinhos. Era uma confraternização onde todos saiam felizes.

Ao longo dos anos, as transformações ocorridas na sociedade se refletiram dentro das salas de aula. As crianças não mais recebiam a instrução de obedecer e respeitar o professor. O professor deixou de ser respeitado como um pai ou mãe, até porque os filhos perderam o respeito pelos pais. Os pais na ânsia de serem liberais se perderam na hora de estabelecer limites e transmitir valores.

As crianças pensam que sabem tudo e podem tudo. Até chegar ao triste quadro que vemos, no noticiário da TV, de crianças que ofendem e agridem fisicamente os professores. Pais que vão à escola, sem saber como agem seus filhos na sua ausência, e põem a culpa no professor pelas más notas do filho.

A televisão, a internet e os meios de comunicação transmitem informações às crianças que nem sempre têm a maturidade para entendê-las.

Os valores mudam radicalmente: se usam as pessoas e se amam os objetos.

A formação perde o sentido quando ouço de um pai:

-Se passar de ano, te dou um carro!

O filho vai “tirar a nota” que precisa não porque quer aprender, mas sim porque quer o carro. Que valor esse pai transmite ao filho?

O sistema também mudou e por longos anos não se podia reprovar o aluno. Davam a ele todas as chances de alcançar a nota necessária. Caso isso não ocorresse, podia fazer um trabalho para complementar a nota. Os alunos sabiam e nem se preocupavam, pois sabiam que não repetiriam o ano e não haveria punição pela falta de estudo e mau comportamento.

Com tantas mudanças, o desafio do professor é cada vez maior.

1- Dominar o conteúdo, preparar uma aula interativa, interessante e que compita com a velocidade das informações obtidas pelos alunos na internet.

2- Ter jogo de cintura e driblar o mau comportamento dos alunos.

3- Adequar-se à realidade da instituição onde presta serviço.

4- Tentar formar o indivíduo que lhe foi confiado no papel de aluno, transmitindo os conhecimentos e valores necessários.

5- Estar disponível sempre que a escola o requisitar.

6- Ter autoestima elevada para aguentar todas as adversidades sem deixar transparecer o seu cansaço, aborrecimento, desapontamento e tristeza em todas as ocasiões em que seus direitos são desrespeitados.

Poderia prosseguir com essa lista, mas creio que já é suficiente para exemplificar alguns motivos que levam um professor a fazer terapia.

A terapia é um momento onde o professor pode expor todos os seus sentimentos e dificuldades. É um espaço de reflexão e reavaliação de sua atuação, de seus conceitos e objetivos. É o momento para estabelecer novas metas para o seu futuro próximo e também para o distante.


http://psicoclin.com/2011/12/28/professor-profissao-de-desafios-e-problemas/


O professor e a notícia


O ensino está precário porque os professores de hoje são malformados, despreparados e ultrapassados. Quem nunca se deparou com esse discurso? Repetido em unanimidade pelos veículos de comunicação, esse enunciado contribui para a construção de uma imagem pejorativa do docente perante a sociedade e o culpa pelas deficiências do sistema de ensino. Além disso, a cobertura jornalística sobre educação feita no Brasil ignora temas mais complexos e o embate profundo de ideias.

É o que aponta o estudo “Quando o professor é notícia? Imagens de professor e imagens do jornalismo”, desenvolvido pela pesquisadora e jornalista Katia Zanvettor Ferreira como tese de doutorado para a Faculdade de Educação da USP. Na pesquisa, Katia investigou como notícias e reportagens da mídia brasileira interpretam e constroem uma representação do professor e de sua atuação. Segundo ela, foi possível observar uma predominância de discursos depreciativos, nos quais o principal argumento pró-qualidade do ensino aparece como a substituição dos professores atuantes.

“Os textos jornalísticos fazem uso de bandeiras legítimas e históricas da classe docente, como o reconhecimento de seu papel profissional, a valorização da carreira e aumento de salários, e as distorcem. Falam que a docência precisa ser valorizada, porém, não com os professores que temos, mas com outros mais qualificados, bem formados, jovens, que estão com garra para mudar as coisas. Em outras palavras, é uma valorização da carreira desvalorizando os profissionais que estão nela”, explica. Em contrapartida, há uma sobrevalorização do jornalista, que se coloca como um bom avaliador do professor. “A imprensa faz juízo de valor ainda que não seja essa a sua tarefa”, diz.

Para Sueli Cain, diretora acadêmica do grupo educacional Weducation, controlador, entre outros, dos colégios Mater Dei, Internacional Ítalo-Brasileiro e Internacional Vocacional Radial, o professor é retratado pela mídia como um profissional que até tem força de vontade, mas não possui formação adequada para exercer sua profissão. Assim, ele é causador em parte da deficiência educacional dos alunos. “Há projetos que valorizam o professor na mídia, porém são poucos. Geralmente, o professor é mostrado como profissional mal preparado, que não consegue manter o nível de suas aulas por excesso de trabalho e que, por esses motivos, ajuda a educação a ir à bancarrota”, diz.

Ao ignorar a realidade do complexo universo educacional brasileiro, a mídia reproduz um discurso preconceituoso, baseado no senso comum. É o que acredita Cibele Racy, diretora do EMEI Guia Lopes, em São Paulo: “Se é certo que a educação precisa se oxigenar, é certo também que não podemos descontextualizar a figura do professor ou atribuir-lhe o ônus de uma série de equívocos historicamente promovida pelas gestões públicas ou a ausência de políticas sérias que visem a valorização desses profissionais”.

Para a diretora, novelas e noticiários, entre outros produtos midiáticos, fazem um desenho daquilo que seria um bom ou mal profissional da educação. “Se, por um lado, as professoras primárias das novelas atribuem-se características angelicais e pouco profissionais, baseadas na ideia de que a professora seria uma segunda mãe ou aquela que trabalha por amor, por outro, os minutos dedicados à realidade desses profissionais dividem-se entre colocá-los como vítimas de um contexto hostil ou como protagonistas de distúrbios comportamentais bárbaros, criminalizando-os”, diz Cibele.

Valdir Heitor Barzotto, professor da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo e cocoordenador do Grupo de Estudos e Pesquisas, Produção Escrita e Psicanálise, destaca que outro chavão reproduzido pela imprensa é aquele que diz que os professores bons são aqueles que ganham bem e que foram trabalhar em outras coisas, pois só os ruins, que se sujeitam a trabalhar por salários baixos, permanecem na escola. “A gente tem tentado debater isso porque, afinal, não há nada que sustente essa tese. A mídia não procura um professor da escola básica para falar sobre assuntos sérios, é sempre para expô-lo como testemunha da baixa qualidade da escola”, afirma.

Isso porque o jornalista deixou de usar o professor como fonte. “Em vez de ouvir o docente que tem muito a dizer sobre seu trabalho, procuram-se as secretarias de Educação, os dados oficiais, as organizações não governamentais ou então os professores-pesquisadores das universidades públicas”, diz Katia. Para Sueli, isso acontece porque a mídia não acredita em docentes que não tenham títulos e que não ministrem aulas em escolas consideradas de primeira linha. “Os artigos jornalísticos sobre educação são produto de entrevistas com especialistas que não estão, porém, em salas de aula. Temos realidades muito diferentes em escolas do mesmo bairro, que dirá de estados e regiões”, diz. É preciso lembrar, no entanto, que muitos professores e diretores temem ser punidos pelo que dizem à imprensa e a maioria precisa de autorização das secretarias para ser entrevistados, o que reforça o caráter oficial de suas declarações.

Para os especialistas, o retrato do docente na imprensa só é positivo quando ele é o “professor nota 10”. “É aquele professor que faz tudo certo, ganha prêmios, um missionário que precisa abrir mão de tudo, sacrificar-se pelo ofício”, explica Katia. O problema desse outro extremo, segundo Valdir, é que esse profissional é desinteressante para o resto da comunidade docente.

Formação ou informação
No estudo, Katia ainda observou que o discurso pejorativo sobre o professor acaba sendo assimilado e reproduzido pelo próprio docente. Essa situação contribui para que o professor permaneça com uma constante sensação de falta, de má formação. “Em tempos de globalização, me diz um profissional que precisa ser mais bem preparado, se atualizar? Não é uma particularidade do professor, é uma característica da contemporaneidade. Mas a cobrança recai sobre ele”, diz.

Valdir defende que o problema é mais profundo: “Fortalecer um discurso de má formação ajuda a vender cursos de capacitação, por exemplo. Logo, um professor eternamente malformado é um negócio”. Ele lembra que a estratégia para aprimorar a qualidade do ensino adotada pelas redes costuma perpassar esse ponto. “O discurso do governo para resolver os problemas da educação é sempre o mesmo: comprar computadores, oferecer cursos de capacitação. A educação é um mercado interessante e para justificar a compra é preciso, antes de tudo, desqualificar na mídia o agente da formação”, diz.

Um caminho para a escola reverter esse quadro é divulgar o trabalho dos professores, aproximando-o dos órgãos públicos e da sociedade. “Se a mídia tem o poder de manipular a opinião pública, a escola não tem outra saída senão abrir suas portas, expondo-se como ponto de disseminação de conhecimento e cultura”, diz Cibele.

Por Thais Paiva
http://www.cartafundamental.com.br/single/show/148

quarta-feira, 22 de abril de 2015

IAB - Instituto dos Advogados Brasileiros ‏é contra o ensino religioso confessional nas escolas públicas



O Instituto dos Advogados Brasileiros (IAB) firmou posição contra o ensino religioso confessional nas escolas públicas, previsto no acordo firmado entre a Presidência da República e a Santa Sé, em 2010. Por meio do decreto 7.107/2010, o governo promulgou o acordo relativo ao Estatuto Jurídico da Igreja Católica no Brasil, firmado na Cidade do Vaticano no dia 13 de novembro de 2008. Na sessão ordinária desta quarta-feira (8/4), conduzida pelo presidente Técio Lins e Silva, o IAB decidiu, por unanimidade, acolher a sugestão do consócio Gilberto Garcia de que o Instituto se inscreva para participar da audiência pública no Supremo Tribunal Federal (STF), no dia 15 de junho, e apóie a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 4439 ajuizada pela Procuradoria-Geral da República (PGR). 

A PGR propôs que o STF interprete o decreto 7.107/2010 à luz da Constituição Federal e da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB). Em seu art. 33, a LDB estabeleceu que "o ensino religioso, de matrícula facultativa, é parte integrante da formação básica do cidadão e constitui disciplina dos horários normais das escolas públicas de ensino fundamental, assegurado o respeito à diversidade cultural religiosa do Brasil e vedadas quaisquer formas de proselitismo".

A PGR defende a tese de que a única forma de compatibilizar o caráter laico do Estado brasileiro com o ensino religioso nas escolas públicas consiste na adoção de modelo não confessional. Para a PGR, a disciplina deve ter como conteúdo programático a exposição das doutrinas, práticas, história e dimensões sociais das diferentes religiões, incluindo posições não religiosas, sem qualquer tomada de partido por parte dos educadores. Ainda de acordo com argumentação contida na ADI, a disciplina deve ser ministrada por professores regulares da rede pública de ensino, e não por "pessoas vinculadas às igrejas ou confissões religiosas".

Pluralidade dos pontos de vista - A audiência pública foi convocada pelo ministro Luís Roberto Barroso, do STF, relator do processo. Em seu despacho, o ministro esclareceu que os participantes dos debates serão selecionados com base nos critérios da representatividade da comunidade religiosa ou entidade interessada, da especialização técnica e expertise do expositor, e da garantia da pluralidade da composição da audiência e dos pontos de vista a serem defendidos.

Segundo Luís Roberto Barroso, a complexidade do tema "recomenda a convocação de audiência pública para que sejam ouvidos representantes do sistema público de ensino, de grupos religiosos e não religiosos e outras entidades da sociedade civil, bem como especialistas com reconhecida autoridade no tema". Conforme o relator, "as questões extrapolam os limites do estritamente jurídico, demandando conhecimento interdisciplinar a respeito de aspectos políticos, religiosos, filosóficos, pedagógicos e administrativos relacionados ao ensino religioso no país". 

Para o ministro, há três pontos a serem discutidos na audiência pública. Um deles são as relações entre o princípio da laicidade do Estado e o ensino religioso nas escolas públicas. De acordo com Luís Roberto Barroso, também é necessário debater as diferentes posições a respeito dos modelos confessional e não confessional, como também o impacto de sua adoção sobre os sistemas públicos de ensino e as diversas confissões religiosas e posições não religiosas. O ministro defende, ainda, a discussão sobre as diferentes experiências dos sistemas estaduais de educação com o ensino religioso.

quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Reunião com Professores de Ensino Religioso - 22/10/2014


CONVITE

Convidamos os Professores de Ensino Religioso Evangélico nas Escolas do Município e Estado do Rio de Janeiro, para nosso “SEGUNDO ENCONTRO DE 2014”, que acontecerá no dia 22 de outubro, às 13 horas, no auditório da OMEBE.

PRINCIPAIS ASSUNTOS:

1. Experiências Exitosas
2. Homenagem ao dia do Professor
3. Aula prática4. Palestra Políticas Educacionais Internacionais - Os Quatro Pilares da Educação segundo UNESCO e suas implicações para as Políticas Publicas em EDUCACAO no Brasil - Uma Introdução – Pr. Francisco Nery



Solicitamos que confirme presença, através desse e-mail: omebenacional@hotmail.com, ou através dos telefones: (21) 2263-4761, 2263-8896.

Contamos com a colaboração dos senhores e senhoras para que tenhamos um ótimo Encontro.

Atenciosamente,

Departamento de Ensino Religioso nas Escolas - DERE







quinta-feira, 2 de outubro de 2014

Resenha: Um Sonho de Liberdade

“Educação se constrói. Não é algo inventado, ou adquirido de uma hora para outra. É feita no dia-a-dia. Em um momento pode-se colocar tudo a perder, se nós educadores não amarmos o que fazemos e também aqueles para quem fazemos”. (Marjorie E. Navarro)

Há algum tempo assisti ao Filme Escritores da Liberdade. Gostaria de falar um pouco sobre ele. É um filme baseado em fatos reais. A história se passa por volta do ano de 1992, onde a cidade de Los Angeles vive uma verdadeira guerra nos seus bairros mais pobres, causados por gangues que são movidos pelas tensões raciais. 


O filme nos fala de uma instituição chamada escola, que não consegue promover a educação para um grupo marginalizado, uma instituição que valoriza os chamados bons e exclui aqueles que precisam lutar dia-a-dia pela própria vida, que nem sabe se chegará a maioridade.


É meio a este drama, vivido por adolescentes na faixa etária entre 14 e 15 anos que Erin Gruwell assume a sala de aula. Uma professora recém-formada, cheia de sonhos e, ideais. Ela fora criada em berço de ouro, ostenta suas belas pérolas, mas aos poucos vai percebendo que se não mudar suas atitudes, não conseguirá atingir nem o coração e, nem a mente de seus alunos. Ela imaginava que todos os alunos iriam corresponder ao seu modelo educacional, tornando-se frustrante os primeiros encontros, as brigas, os desencontros e as insatisfações são constantes nas expressões dos alunos, simplesmente ela é ignorada a ponto de ficar sozinha na sala de aula.

Aquela turma era uma turma excluída. Não eram aceitos pela sociedade de sua cidade, muito menos pela sociedade escolar. Eram alunos negros, mulatos e latinos, fadados ao fracasso, porque não acreditavam em si próprios. 

Erin leva até a direção da Escola Wilson a dificuldade encontrada em sala de aula, e também é ignorada inclusive pela direção da escola. Erin não desiste, chega em sala de aula com uma proposta de trabalho que se identifica com os alunos, fala com eles através do Hap, a música que eles gostam. No primeiro momento os argumentos são bizarros, os questionamentos são ofensivos: “...o que você faz aqui? o que vai fazer não vai mudar minha vida...” Por ela ser branca e rica, eles acabam achando que aquilo é um tipo de zombaria com eles e não aceitam a atitude dela. Profundamente assustada a professora responde perguntado se vale a pena participar de gangues, e se serão lembrados pelas atitudes. 

Nesse instante a primeira semente é lançada, cada um tem a oportunidade de falar de si próprio, de seus medos, suas angústias, suas mágoas e demasiada violência. Ao manter este contato com alunos, e participando de forma ativa no mundo deles, a professora conquista a confiança, desse modo passa a etapa de superação das dificuldades, através da metodologia da leitura e escrita em diários. Eles registram tudo o que sentirem vontade de escrever a respeito da sua vida.

O respeito e autoconfiança são resgatados. Erin apresenta uma nova realidade possível de transformação. Os alunos saem da condição de marginalidade, de oprimidos e iniciam no campo das possibilidades, ao lutarem pelos seus ideais, pelas suas conquistas ao enfrentarem os obstáculos, não mais com a violência, mais com o conhecimento.

Gostaria de instigar o seu pensamento neste momento: o que estamos de fato fazendo em sala de aula que pode mudar a vida dos nossos alunos? O que estamos fazendo de diferente para que possamos vê-los estudando, ao invés de entrar para uma gangue ou usar drogas? O que precisamos mudar em nosso jeito de ser, falar, agir...? O que precisamos ensinar? 

O filme Escritores da Liberdade traz na sua essência o resgate e a valorização a “Educação”. Te seu ápice, quando a professora lê as histórias escritas por eles, seus alunos e, viaja no mundo onde eles vivem, sente o que eles sentem e, sofre por pessoas que ninguém daria nada.

Quero deixar o grande desafio para cada um dos educadores de nosso país: não importa qual o lugar que estejamos atuando, precisamos sim, entender como nossos alunos vivem, o que sentem... Precisamos contextualizar o ensino, precisamos entender a diversidade e a pluralidade cultural, precisamos assimilar as diferenças sociais e econômicas, sem excluir ninguém.

Marjorie Esquina Navarro
Pedagoga, Missionária da Junta de Missões Nacionais da Convenção Batista Brasileira.
Trabalha como Educadora Social no Lar David Gomes em Barreiras, BA.

quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Seminário de Liderança Exemplar - Dia 29 de agosto, das 9h às 17h

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Pr. Joaquim de Paula Rosa
Coordenador Geral da OMEBE