quinta-feira, 17 de outubro de 2013

“Que tipo de laicidade nós queremos?”

“Que tipo de laicidade nós queremos?”

“Que tipo de laicidade nós queremos?”. Com essa pergunta, o professor universitário e Conselheiro da Ordem dos Advogados do Brasil/RJ [07-09], Gilberto Garcia deu inicio ao Seminário Religião, Diversidade e Cidadania: A convivência das religiões no espaço democrático, ocorrido na sede do ISER.
O diálogo contou ainda com a participação do professor da PUC Fábio Leite com a finalidade de refletir acerca de temáticas religiosas relacionadas ao direto, tendo em vista a aplicação da legislação vigente no país a respeito da relação religião e espaço público.
Um exemplo da importância e atualidade desse debate está na recente aprovação de um decreto lei que determina o dia 30 de novembro o Dia Nacional do Evangélico. De acordo com a avaliação de Gilberto Garcia, o decreto lei é um ato inconstitucional porque fere o princípio de estado laico instituído na Constituição Federal.
“É inconstitucional visto que representa e privilegia apenas uma tradição religiosa em detrimento de outras. No entanto, é importante lembrar que há séculos comemoram-se nacionalmente datas religiosas que privilegiam um determinado segmento religioso e isso nunca foi questionado, sendo ele tão inconstitucional quanta a nova lei”.
Para Fábio Leite, a resistência é uma demonstração de que no Brasil o tema da religião era um problema camuflado e sem relevância. “Enquanto o catolicismo predominava nas decisões governamentais, o conflito não existia. Bastou privilegiar outra tradição, considerada minoritária, para o conflito emergir. Prova de que a questão da liberdade religiosa é uma tensão mal resolvida no país”, diz.
Esta discussão permeia também nos espaços da comunicação, embora seja vista com cautela por Fábio Leite. A mídia eletrônica é uma concessão pública e, como tal, não pode contrariar os fundamentos do Estado concedente. “No entanto, a imprensa pode ser parcial, aliás, a imparcialidade juridicamente não vale de nada. O problema é o valor que se dá a notícia e não o conteúdo em sim”.
É possível que todo esse debate seja ainda resultado de um processo de transformação do Brasil, como um princípio fundamental, vigente no país, desde o início da República (1891). “Nesse sentido, é importante afirmar que a ideia de República era outra naquela época. A laicidade nasce num momento de domínio da Igreja Católica Apostólica Romana e em que as pessoas têm o direito de consciência de fé, mas não de manifestação pública de fé”, explica Gilberto Garcia.
Entretanto, com esta secularização, o cenário muda um pouco. Mas o que de fato muda? “O que permite certas leis serem aprovadas? Qual é o critério? É uma questão de religião majoritária ou minoritária, dados estatísticos, jogo político ou valorização e respeito a uma determinada tradição?”, questiona Fábio Leite. O professor acredita que para o Brasil se tornar mais inclusivos precisa problematizar essa questão e não nega-lá.
“Hoje, temos um Brasil laico, em que ora de conveniência admitem a imagem de crucifixos no Supremo Tribunal Federal e feriado de semana santa, ora censura cultos realizados nos vagões de trem na cidade do Rio de Janeiro. Se laicidade é aquilo que depende de todos para funcionar, a pergunta permanece: Que tipo de laicidade nós queremos?”, concluiu o conselheiro da OAB/RJ [07-09], Gilberto Garcia, suscitando questões para ampliar a reflexão.

Convite: SEGUNDO ENCONTRO DE PROFESSORES DE ENSINO RELIGIOSO EVANGÉLICO


DERE – Departamento de Ensino Religioso nas Escolas
“SEGUNDO ENCONTRO DE PROFESSORES DE
ENSINO RELIGIOSO EVANGÉLICO”
(23/10/2013 -13h)

CONVITE

O DERE - Departamento de Ensino Religioso nas Escolas, convida os “Professores de Ensino Religioso do Credo Evangélico”,  para nosso segundo encontro de 2013.

A reunião acontecerá em nosso auditório, na Av. Marechal Floriano, 143, 4º andar, Centro, Rio de Janeiro – RJ, dia 23/10/2013 (quarta-feira), às 13 horas

Aos Professores, recentemente credenciados, aproveitamos o ensejo para reiterar, por escrito, nossas CONGRATULAÇÕES, e desejar uma feliz e abençoada trajetória de trabalho na vida pública estadual e/ou municipal no Estado do Rio de Janeiro.

1º. MOMENTO
AULA INAUGURAL (20min)

·     Professora Leonor Castorino Brandão Vargas (Metro VII)

2º. MOMENTO

PRINCIPAIS ASSUNTOS EM PAUTA:

·     Apresentação da OMEBE para os recém-credenciados
·     Projeto do Currículo para o Ensino Médio
·     Parlamento entre o DERE e os Docentes

Solicitamos confirmação de participação para que possamos  preparar a “Declaração de Presença” a ser entregue à Direção de sua  Escola.






Atenciosamente,



Pr. Joaquim de Paula Rosa
Coordenador Geral da OMEBE

Pr. Francisco Roberto Barbosa Nery

Coordenador do DERE

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Notícia da escola:

Agradecemos a Professora Jussara G. Dias, membro da Equipe Pedagógica do Departamento de Ensino Religioso nas Escolas da OMEBE, por ter enviado essa matéria. 
 
Troca de experiências faz a diferença entre os docentes do Nata
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15/10/13

Por Francine Silveira

No mês em que se comemora o Dia do Professor, histórias como a da docente Jussara Gonçalves, com exatos 41 anos de magistério dedicados à rede estadual de ensino, ou como a do ex-aluno Ramon Rocha, que se tornou professor na mesma escola onde estudou alguns anos antes, surpreendem. Duas realidades completamente diferentes, porém, unidas pelo mesmo ideal: a educação.

As histórias de ambos se cruzam no mesmo cenário, o Colégio Estadual Comendador Valentim dos Santos Diniz (Nata), em São Gonçalo, que oferece curso técnico em Leite e Derivados e Panificação. A unidade é equipada com laboratórios físico-químicos, de microbiologia, de embalagens, e usinas piloto de leite e laticínios. 

- Quando recebi o convite para ser técnico do laboratório de microbiologia, acompanhando e orientando os alunos, nem acreditei. Aceitei na hora voltar ao lugar onde comecei - revelou o ex-aluno, agora professor, Ramon da Silva Rocha.
Ramon fez parte da primeira turma formada pelo colégio, em 2009. Hoje, o rapaz de apenas 19 anos traz em seu currículo importantes experiências em diferentes laboratórios e consultorias na área de controle de qualidade dos alimentos. Ele aproveitou para relembrar o início despretensioso ao ingressar no Nata.

- Na época, pensei em fazer a prova para entrar na escola só por curiosidade. O primeiro ano foi de adaptação, só no segundo que comecei a ter aulas práticas. Foi quando surgiu meu interesse pela área de laticínios. Já no terceiro ano, estava envolvido com os estudos e fiz prova para a monitoria e passei. Fiquei na função durante seis meses e adorei a experiência - disse.

Ainda de acordo com o jovem docente, no período em que era aluno, se inspirou principalmente em dois professores da instituição, que foram responsáveis pela decisão em seguir carreira no magistério.

- Foram as oficinas do professor Wanderson Campos e as aulas da professora Cátia Costa que me estimularam a seguir a profissão. Adorava as aulas deles e, agora, meus ex-professores são meus colegas de trabalho – comentou. 


Exemplo de dedicação

Com o mesmo entusiasmo e dedicação ao trabalho, após pouco mais de quatro décadas voltadas às salas de aula, a professora de Ensino Religioso e História Jussara Gonçalves, de 60 anos, fala da profissão e do colégio onde leciona.

- Em minhas aulas, trabalho com valores da afetividade, do respeito e da solidariedade. Uso como exemplo assuntos do cotidiano. Por conta do nível e das exigências do trabalho desenvolvido no Nata, tenho sempre que modernizar minhas aulas, fazendo com que o trabalho funcione ainda melhor e seja de excelência - afirmou.

Para a docente, o forte trabalho de integração realizado na unidade escolar é um dos pilares fundamentais para o bom aprendizado dos estudantes. Ela explica como é possível colocar em prática essa interdisciplinaridade no dia a dia.
- Eu e a professora Danielle, de Português, estamos trabalhando um tema central, a afetividade. Ela abordou a temática pelo lado da ortografia da palavra e eu sobre os significados que o termo ganha dentro da sociedade. E assim acontece com outras disciplinas - ressaltou.

A estudante Jéssica Alcântara, da 1ª série do Ensino Médio, é a prova de que a professora Jussara está no caminho certo. A estudante demonstra carinho ao desejar felicidades no dia 15 de outubro.

- A Jussara é um exemplo para mim, uma professora que se doa bastante e que mostra ser apaixonada pela profissão- elogiou a jovem. 


Clima de bem-estar

Ao caminhar pelos corredores do Nata, o que se percebe é um clima de união e espírito de equipe. Um sentimento de que é possível fazer uma educação pública de qualidade, um trabalho de excelência. 

- Em qualquer tipo de integração é possível estabelecer um elo entre as áreas. Essa é a proposta adotada pelo Nata - contou a professora de Português Danielle Almeida. 
Nomes como o de Marina Cianella (professora da disciplina Introdução à Panificação e Confeitaria), Juliana de Carvalho (Língua Inglesa), Ana Cecília Coelho (diretora adjunta), Carlos Pestana (diretor geral), e tantos outros importantes para a escola, se unem para formar um universo de 48 docentes dedicados aos propósitos educacionais de formar bons estudantes e cidadãos.

- Os profissionais do Nata têm espírito de equipe. Um professor ajuda e apoia o outro. Trabalhamos para manter as turmas no mesmo nível de aprendizagem e com os conteúdos sincronizados - concluiu a docente Juliana de Carvalho.



FONTE:

terça-feira, 8 de outubro de 2013

EQUIPE PEDAGÓGICA

A Ordem dos Ministros Evangélicos no Brasil e no Exterior - OMEBE, através de seu Departamento de Ensino Religioso nas Escolas - DERE, convidou algumas irmãs para fazerem parte de nossa equipe pedagógica.

A reunião acontecerá no dia 09 de outubro de 2013. O objetivo principal da reunião é preparar o Currículo do Ensino Médio.  

Esse é o inicio de um trabalho para orientar os professores em sala de aula, para continuarem o excelente trabalho que já estão fazendo.

Orem em favor dessa reunião para que o nosso Deus abençoe a vida dos que vão compor essa equipe.